terça-feira, 26 de junho de 2012

Indagação

Queria um dia sorrir tranquilamente
e sair da mente
ao achar que ela
está maquinando algo que não interessa.

Porque depois da pressa,

virei uma pedra?
Onde cada momento parece
nada além nada.
Risada sem graça,
disfarça

uma desgraça
que às vezes parece ter se firmado,
outrora é deixada de lado.

Há uma vontade de não

fazer parecer que foi ninguém,
e no fim sabes que não foi.
Mas procuro ele,

só ele,
que regava minha espontaneidade,
que me fazia sentir bem independentemente da atividade,
das pessoas,
más ou boas,
tristes ou felizes.

Queria poder encontrá-lo,

como se encontra uma nota de dinheiro no chão,
e se sorri com o acaso afortunado.
Alienado,

Disperso,
Preguiçoso,
Nada disso é verdade.
A única realidade que procuro encontrar

é a que não me fazia pautar
nada por nada,
e sobrava risada,
amizade,
felicidade,
irmandade
e todas as palavras que insisto em dizer
que não se foram
mas que sinto que se perderam em algum lugar
não por culpa,
não por desculpa,
nem por desespero,
nem por nada,
não sei,
quero saber,
onde ficou
o meu bom-senso.
Bom-senso de humor.

João Gabriel Souza Gois, 26/06/2012

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