terça-feira, 30 de outubro de 2012

Quando não tinha medo?

Essa maldição de virar adulto, que passe longe!
Vou ser eu uma criança fingida,
mesmo que atingida
pelo desdém dos acomodados no deleite do sucesso pontual.

Do sucesso "última conquista".
(Parece vida-revista! A vida é um Livro!)
Desse sucesso que busca uma felicidade velha e tão fatigada de modelos, eu me livro!
Desse sucesso que alimenta Narciso e ignora os erros; me privo. 
Do excesso de sucesso que fracassa quando o todo avista.

Aprendendo calma com o monge,
Amor com a ferida,
Aprendendo vida
com sabores que transcendam o rotineiro doce e sal.

Serei criança, mesmo que passe por perdido aos olhos do hoje.
Lunático ou impotente aos olhos de visões e opções previamente cingidas.
Criança de barba. Que nada na maré amanhecida.
Refém da maturidade sem molejo representada no palco social,
esforçando-se para lembrar que um bom beijo, vale todo o carnaval.

Para você, que apodreceu de tão maduro,
me desculpe, se soei duro,
Para arriscar nunca será cedo,
Pois sempre houve medos.
Sempre ouve os medos?
Criança só faz pergunta!

Entro num corredor de nostalgia,
vejo dedos entrelaçados,
Sempre dedos desgraçados!
Desgraçado desde o Sempre?
Criança só faz pergunta!

Ser criança é bom mas cansa...
Criatividade. Cria. Atividade. Cria. Atividade.
Criação. Cria. Ação. Cria. Ação.
Crianção!

Por isso estamos mortos e sem filosofia!
Viramos "adultos-compromisso-meio-dia".
E quando alguma criança se predispõe a combater a vida presa e desconjunta
estimulando o mais lindo comichão: O da pergunta,
Quanto retiram do tempo além-labuta...

... Quanto se livram do stress pós-multa?
Para começar alguma criação oculta?
Para estimular a criatividade adulta?

Filo (amor), hoje é por quilo.
Fi-lo porque qui-lo...
Por que qui-lo?
Desastres de Sofia...

Faço parte do filo Sofia...
Filo utopia...
Filantropia?

Classe média.
Reino Animal.

Desastres de criança...
O que fazer se
Literatura d'outro dia esquenta a lembrança?
Aquece! Esquece...

Mais perguntas?
Lacunas...
Pois é Lacan; Lacunas...

João Gabriel Souza Gois, 30/10/2012