terça-feira, 26 de junho de 2012

Acorde

Com a mistura
de poucos sons
extraídos com sentimento
eu poderia causar um tormento,
uma tensão,
ou então uma resolução
que ao ouvido acalmaria.


Depois da sétima
tentativa,
sai algo que alivia
o que a necessidade
de criatividade pede.


Não se mede
complexidade
se todo o conjunto
se encaixou e tornou
a canção bela
aos ouvidos
de qualquer um que a precise
naquele momento,
seja de raiva,
de tormento,
de inquietação,
de apreço.


Não tem preço
conseguir
botar harmonia
encaixar uma melodia,
e seguir uma calmaria
que leva a vários picos de sensação
e torna todo o mundo presente em questão
em algo conectado.


Muito além de um mundo globalizado,
as tendências e tensões seguidas de resoluções
dão aos ouvidos sensações,
dão ao cérebro sentimentos,
dão ao corpo movimento,
dão às bocas o encontro.


Entre os diversos modos de pensar
sempre haverá confronto
entre o que gosta de velocidade,
o que gosta de complexidade,
o que gosta de feeling,
o que gosta de algo Ready an' Willing.


Por mais que tente, suplique e grite
Acorde!
Acorde!
Não consigo,
Faltou melodia,
faltou ritmo,
faltou disposição
porque o que para uns têm nome de vida
para mim é música e canção.

João Gabriel Souza Gois, 26/06/2012

Indagação

Queria um dia sorrir tranquilamente
e sair da mente
ao achar que ela
está maquinando algo que não interessa.

Porque depois da pressa,

virei uma pedra?
Onde cada momento parece
nada além nada.
Risada sem graça,
disfarça

uma desgraça
que às vezes parece ter se firmado,
outrora é deixada de lado.

Há uma vontade de não

fazer parecer que foi ninguém,
e no fim sabes que não foi.
Mas procuro ele,

só ele,
que regava minha espontaneidade,
que me fazia sentir bem independentemente da atividade,
das pessoas,
más ou boas,
tristes ou felizes.

Queria poder encontrá-lo,

como se encontra uma nota de dinheiro no chão,
e se sorri com o acaso afortunado.
Alienado,

Disperso,
Preguiçoso,
Nada disso é verdade.
A única realidade que procuro encontrar

é a que não me fazia pautar
nada por nada,
e sobrava risada,
amizade,
felicidade,
irmandade
e todas as palavras que insisto em dizer
que não se foram
mas que sinto que se perderam em algum lugar
não por culpa,
não por desculpa,
nem por desespero,
nem por nada,
não sei,
quero saber,
onde ficou
o meu bom-senso.
Bom-senso de humor.

João Gabriel Souza Gois, 26/06/2012

Decisão

Conversas fáticas,
não são apenas emblemáticas,
demonstram alguma problemática
que quer ser reprimida,
por alguma alma deprimida,
que não se sente bem.


Não querer depender de ninguém,
não é não amar.
Chega de chorar,
indagar,
justificar,
se complicar,
sem encarar,
que para continuar,
há uma parte que tem que se planejar,
e outra que manda tudo se danar.


Pois que não se dane o projeto,
mas se ele danou,
Foque, vamos lá!
Preguiça enguiça,
tristeza prende.


Não me sinto melhor
fugindo do que quero.
Então,
sem desespero,
encarei.


Longas etapas,
algumas vendas,
mas compreenda,
melhor recomeçar cedo,
do que se encher de medo,
e não sair do lugar.


Queria a vida toda,
quis,
ainda quero,
mas para sair
não precisa deixar
de sentir o desejo.
Só deve-se fugir da prisão
do projeto sem contestação
que corrói por dentro,
mata,
e não se engata
em nenhuma outra coisa,
as respostas ficam afoitas,
a segurança vira pó.


Mas olhe só,
encare como positivo,
até o mais precário e corrosivo erro,
e sairá de uma crise de bezerro
para encontrar a realização.


Não quero pensar
em necessidades do futuro.
Não quero almejar pra daqui há dez anos
e me afundar no escuro.


Quero construir no longo prazo,
o que exigi que não tivesse atraso,
uma carreira,
para a essência,
e um sustento
para os talentos
que são o que mais importa.


Barata, mas não mais a de Kafka.
Barata tonta,
sonsa,
que querendo justificar que não dá conta,
apelou até a última ponta,
mas não deixou a alma pronta
para um novo começar.


Melhor sim,
procurar em mim respostas,
mas conselhos,
mutas vezes vêm
 de alguém
que entrou em desespero

antes que você,
achando que podia prever o que se passava,
e antecipava o diagnóstico,
botando dúvida em um agnóstico.


Mas agnósticos amam a dúvida!
Alguma dúvida?
Não,
besteira fingir que o pensar vem do coração.
Mas ignorar qualquer emoção,
para impor corpo a uma personalidade,
te causa um ar de infantilidade,
de infertilidade,
de inatividade
tão velho,
mas tão velho,
que o que pensou
não tem valor,
pois para esconder a dor,
se cruza os braços.


Vendo o lado bom,
ficando calmo...
Tentando impor um dom,
antiquado,
ou falso,
pois anda descalço,
mas compra cada vez mais tênis.


Prosseguir.
Sem conseguir parar de pensar
nas consequências
destrói qualquer eficiência que almeja.


Desistir,
por perceber em si uma desistência,
te dá uma uma calma para essência,
para preenchê-la de verdade.


Ingenuidade,
achar que aos olhos de outros
és um louco,
sendo que nenhuma palavra soltou,
ou outras ignorou,
estando preso a cabeça.


Ah,
enlouqueça!
Enlouqueça em todos os sentidos
que os poros e alma pedem.
Mas não esqueça aqueles que suspendem
seus compromissos mais verdadeiros
para resolver desafios derradeiros
de uma alma pobre por opção.


Isso aqui não é mais culpa,
isso aqui não é mais desculpa,
isso aqui é uma decisão,
não foi, perdeu.
Chorou, reconheceu.
Desencanou, decidiu.
E agora vai afundar até o fim do rio,
sem encalhar
encravar
ou travar
a cabeça
em certezas
que nada valem
a não ser para bloquear o pensar.
Para nada.


Uma alma estressada
de cobranças infinitas,
incertezas corrompidas,
e vontades universais.
 Que agora segue,
antes que se pegue,
pensando em cíclo,
bancando o cínico,
ou julgando-se mímico.


Ao acordar,
depois de estudar
para o que acaba de almejar,
tentará um continuar desconhecido,
mas em vez de trazer mais medo do perigo,
o desafio
deu um gás.
Viva! O amanhã pode ser tudo.
Pode ser a morte,
pode ser a sorte,
mas condicioná-lo,
confiscá-lo,
embrulha e joga no ralo
a esperança da juventude.


Só julgarão atitudes,
pois boas intenções
estão em sobra no mercado.


Prossiga,
consiga e verá.
Se alguém um dia falar que não vai dar,
basta ignorar, pois sabe que tem ferramentas,
materiais,
intenções e ideais
para tudo isso.

É necessário o compromisso,
mas o compromisso próprio.
Se não se torna um impróprio
para qualquer ambiente.
Venha logo,
seja agente!
Aquino morreu faz tempo,
não fui eu quem matei, gente.
E nesse tempo que passou,
o mundo mudou tanto,
que quando se perde alguns segundos com poucos prantos,
se lamenta de não vê-lo em movimento.
Quero tudo em movimento,
Uma universidade,
uma atividade,
um riso,
uma decepção...
Não interessa de antemão
nenhum perigo.


Fogo contra fogo
é uma viagem
e ritmo e poesia
é compromisso,
diria o homem que morreu
cumprindo.
Eu não cumpri,
parei de omitir,
mentir,
ou deixar pra lá.
Procrastinar cansa.
Vou engolir a mudança,
mas depois dessa lambança
na cabeça,
a Decisão,
antes que esqueça,
já foi tomada.
Sem o apoio que queria,
mas entendendo o contexto que tanto exigi em poesia,
se parte para uma lúcida direção.
Sem estudar o que acontece,
se para de facilitar a luz
quando anoitece,

e aí
não há compreensão nem de si mesmo.


Ninguém!

Ninguém alem de si,
te jogou à esmo!
Hora de se informar,

se formar,
se conformar,
se reformar,
e o resto é discurso!

João Gabriel Souza Gois, 25/06/2012


segunda-feira, 18 de junho de 2012

Péssima Viagem.

Lembranças,
cobranças
e contestação.


Desorganização,
impaciência
e saudade.


Tudo isso seria agradável
numa certa dosagem.
Mas a péssima viagem,
de querer e temer,
te faz freiar,
parar,
e ver
as coisas passando...


Isso talvez nem faz
tanto tempo.
Isso talvez
nem aconteceu.
Mas a impressão
que ficou,
a ti assustou,
a mim assustou,
e o medo mudou
o que com tanto susto
tirou o ar robusto
da personalidade.


Não diria que é uma fatalidade,
Só chega de classificar,
rotular,
e deixar de ponderar,
as atividades,
quaisquer que sejam,
qualquer que almejam
sem se quer planejar.


Vai entender o admirar,
O se identificar,
O se gostar,
O se apaixonar,
O se sentir...


Vai entender antes que morra!
Antes que joguem fogo em gomorra,
e sodoma,
e toda a porra,
que espalhou pra todo lado,
por se sentir encurralado.
Ao uma estória bíblica criar,
só para protagonizar
o que não fazia mais,
e sentia falta,
do "eficaz"
que acreditava ser,
vai saber...
pois não foi,
não se foi,
fica também,
mas ontem,
já tinha lembrado,
hoje ficou abalado,
e amanhã...
Amanhã...


Ah! Que péssima viagem...
fui só de ida,
ignorei a descida,
e na hora da volta,
senti revolta
de nada.
Subir a descida?
Decida.
Decidiu,
repartiu,
esqueceu,
se permitiu...


Quanta exposição...
que péssima viagem.

João Gabriel Souza Gois, 18/06/2012

sexta-feira, 15 de junho de 2012

De ontem em diante...

Vivendo num entorno desnecessário.
Fazendo papel de otário,
mas só porque acabou fazendo
ou se desfazendo,
em um ou dois concluires quaisquer
que ou indignaram,
ou desajustaram seu dizer.


Vacina,
pensante...
Percebeu a raiz do problema,
mas acabou se envolvendo,
em contradições esquisitas.

Não eram contradições,
eram incoerências
por perceber deficiências
em algumas atitudes.

Todo esse exagero,
de sentimentos antigos
foi por se desentender consigo,
e se preocupar com poucos falares.


Natural seria então escapar de alguma forma?
Dando sempre uma reforma,
no entorno que puder.

Seguindo em frente com certeza,
e com a certeza que o engano
só vira estrago, se exagerar
no tom entre o que quer que seja entendido,
e o que realmente quer ser falado.

Deixe de lado,
não é assim tão difícil...
Só enxergo benefício
no desencanar.


Acho que sempre o segui
e fluí
fluindo...

fui indo,
mas quando me julguei ruim,
não conseguia encarar.
Aí com a cara na pressa,
por se deixar tudo pra frente,
respondeu de maneira indiscreta,
esqueceu-se da dieta
do equilíbrio.


Afinal,
a moral utilitarista seria mesmo parte importante,
naquilo que viu como justo

Mas se identificar justo com o depressivo,
Aquele, daquele livro...
não o obriga a ser obsessivo
consigo mesmo,
e sem perceber como encarar
um medo, 
se desaba demais
em outras coisas.
Respostas afoitas,
pensando sem pensar.


Muita pressa,
pouca présa.
Preocupado com não acharem nada,
se enrolando mais,
sem entender porquê.


Vacilo.
Pra vacilo me vacino.
Um jeito já planejo,
outro, ainda almejo,
mas mesmo de maneiras diferentes,
percebeu sorridentes,
os que se acomodou.


Sai de uma conversa,
com uma conclusão,
e com medo de qualquer reação,
antecipou, perdeu a mão,
precisando enxergar o hoje,
como se ele fosse o ultimo,
vacilão,
o perdeu como água
escorrendo na mão.
Cobrança com mágoa
e com muita confusão
dá em embaraço,
só com um pensamento
levado pelo vento
até um concluir.


Tentando intervir,
querendo uma novidade,
acelerou e bateu
na capacidade
de um entender tranquilo.


Um desmerecimento
subjetivo,
do que quer e pode,
quer bem e pode bem,
quer mal e pode bem,
quer bem e pode mal.
Quero justo e passo mal.
Quero justo e passo bem.
Justo agora quero,
e não espero,
o que a esperança chama,
de não se desesperar.
Por não querer retratar
contradição,
e se culpar por um brincar
por conta de um reagir diferente
do que acha e o que sente.
Ou o que sentia
e só acha que ainda sente,
porque se lembrou,
ou forçou lembrar,
para melhorar
o seu próprio lidar
que já estava arcaico.


Pegando tudo,
passo a passo

se faz um mosaico,
que traz uma alegria
parecida com 
anteriores.
Até se esquece de dores,
mas não consegue desmentir.
Pois na hora do sentir,
havia dureza e resistência,
não entende a insistência
no seu pensar antigo,
que na verdade era um concluir

de outras circunstâncias,
e que impede o aproveitamento
das instâncias

e ferramentas ao redor,
para tornar tudo melhor.

Exigir um pensar

e negar um agir,
dá até vontade de rir de si,
e sorrir pra ti.
E só rir assim...
à vontade.
E como há...

João Gabriel Souza Gois, 15/06/2012

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Paranoid

Um dia ele achou que achavam
que deveriam estar achando
que achariam que se achasse
que acharam o que foi achado,
acharia-se um achado,
e deixaria de pensar.

Um dia se pegou pensandono porquê de estar pesando tanto
o dia-a-dia.

Um dia se pegou lembrando,
de quanta falta sentia de tudo
que ficou.


Um dia enlouqueceu-se de desejo,
e enganou-se com um beijo,
mas não fez nada para ele propagar.

Um dia ele esqueceu-se de pensar o óbvio,
e subestimou o raciocínio lógico,
ficou a meditar.

Um dia ele dormiu em paz,
e achou que assim seria
e que nunca mais conseguiria amar.

Aí lembrou do que amava,
da infância feliz
e do que queria a mais.

Se sentiu perdido,
ou talvez iludido,
por nada além de ilusões.

Preferiu, em um sentido,
procurar um ombro amigo,
do que viver em refrões.

Acontece que não sentia
vontade de nada,
por viver de forma exagerada,
no seu caminhar.

Alguns pensam que o problema é grande,
outros pensam que é puro mimo,
mas se não se entende consigo,
não entenderá qual inimigo procurar.

Melhor então que se procurem amigos,
até nos antigos inimigos,
e se continue a falar.

Existem várias desavenças,
várias crises de crença,
que se limitaram
aos limites aprendidos,
tanto com os pais como com os amigos.

Mas seu medo de acreditar
que o engano estava certo
o fez pensar que poderia ser esperto
o suficiente para escrever sobre si.

Sem medo do que pudesse sair,
realizou uma comédia desvinculada de direção
com a média entre o que pensa e o que pensava.
Mas esqueceu-se do que achava,
por medo de agir.

Daí em diante, olhares ameaçavam,
A força dos outros incomodava,
pois não se sentia ter,
só se sentia doer.

Doer por nada,
foi a necessidade,
de depois de tanta integridade,
se dispersar por aí.

Não acreditava no resultado de qualquer ação,
achou que precisava de uma unção,
enquanto sua espontaneidade
se dispersava...

Daí em diante, esse simples errante,
que talvez fosse Caim,
Chegou a se assemelhar a mim,
e todo conselho virou uma ordem.

Uma desordem de cabeça,
que tem medo de perder quem importa,
e veja só, é muita gente!
Mas deixou de ser agente,
e queria um milagre para continuar.

Isso é o paranóico,
nele não há nada de estóico,
e querendo se impor de alguma maneira,
cometeu besteira atrás de besteira,
sem perceber que um Bom dia,
podia
tudo mudar.


Vai saber o que se passa por essa cabeça,
Deve ser coisa que talvez nem ele conheça,
mas todo ser humano pode se identificar.

Não seriam tolos, esses humanos ocupados,
de se sentirem preocupados,
com qualquer mal-estar.

É só uma grande confusão,
é boa, faz canção,
mas não deixe a borboleta
formar um furacão.
Tempestade num copo d'agua
só amplifica mágoa,
de onde deveria-se tirar.

João Gabriel Souza Gois, 08/06/2012

terça-feira, 5 de junho de 2012

Another brick in the 'Clown'.

Adulto não é macho!
Adulta não é fêmea!
Será que é por isso que culpam o Quênia?

HAHAHA!
Lembrei agora porque amo
a comédia!
Porque quando não se quer crer
na Tragédia,
 Se mistura e separa tudo
 TODO O TEMPO!

Olha só, ele tem Talento!
Tá lento!
Tá lento...

Porra brasileiro é assim tudo literal?!
Meu Pau!
 HAHAHAHAHA!

Que beleza a contradição!
Amo o primeiro álbum do Pink Floyd.
A psicodelia é tão animal!

Entenda o literal: ANIMAL.
Olha só?

Não me ensine a ouvir.
Eu já aprendi.
Só não me desinsine a Ver.
Ver para crer.

Amo a política que idealizo,
Não essa?
Pra quê pressa?

A arte é subjetiva.
O amor? Talvez.
Acho que sim,
pois creio em mim.

Mas não no Eu prepotente...
Coisa de demente.

No eu artístico, compreensivo.
No eu técnico, inteligente.

Sabedoria ou inteligência?
Eu só quero os dois.
O resto fica pra depois...
pois tenho que tirar leite dos bois!

Essa bagunça não é minha cabeça,
eu gosto quando dizem Enlouqueça!
pois, mesmo que eu esqueça,

lembro como sou ruim.
Mas sou bom também,
Bom pra quêm?
Bom pra ninguém.
Bom sim,
Bonzim...
Bom pra quem gosta de mim,
mas minha vida é além,
Quanto medo do além!
Além dos mortos?
Além do hoje?

Sou louco não!

só percebi que gosto de inspiração,
Inspirar é uma ação.
Conspirar? Aí não!
conspiração estúpida, que enfia dúvida

no maior missão,
(Foi um missão memo esse domingo)
Mas qual a Meta?
(META META META META)
AH! O Ideal?
MEU PAU!
HAHAHAHAHAHAHAHA

só não posso achar que é feijão,
pois é tristeza...
Que frieza?
Certeza!
Quero comida na mesa!
To louco não tio,
Isso é poesia psicodélica,

antes de achar que conhece Angélica,
pergunte seu nome.
Com Renome?
Quero, tenho fome!
Fome de vida.
Ferida não.
Ferida sim,
pois reconheço em mim,

a continuidade.
Quanto complexo de inferioridade!
Pois é, mané,

mas sacomé
não sou maomé,
sou um cagão.
Coi mai bão!
Pão?!
Não bão!
HAHAHAHA

Essa cidade,
cria ilusão de civilidade.
Mas a triste realidade,
gera revolta.
Pois olhe a sua volta,

com beleza,
vá um fim de semana,

ter contato com a natureza.
Ver um  pôr-do-sol...
Isso me ensinou,
mas não te ensinará.
Vou pra lá? Vou pra cá?
Sei lá, QUERO GRITAR!

Credo, essa fumaça cinza,
Credo, essa gente Ranzinza.
O Psicológico é tudo?
Se sim, fico mudo.

Quanto mais mundo
você vai querer?
Uns preferem morrer
ao ver um preto vencer.
Né Criolo Branquelo?

Quanto mais bobo
você vai querer?
Uns preferem morrer
ao acreditar que vão vencer.
(Né Chacrinha!?)

Mundo, Bobo?
Mundo Bobo?
REEEDE GLOOOBO!?!?!?!
Nãããããão Sua infantil!!!!!

E os que amam buscam culpa,
onde não tem ninguém?!
Que lindo esse neném!
Que lindo esse neném!
Que lindo!
Não findo mais achar
que ele vai chegar lá,
Lá onde?
Aonde?

Amo sim, esse!
Esse!
Esse que amo.
Sei que amo, porque procurei justificativa.
Justifique a vida ativa
e só verá mentiras!
Aí! AAAAI! Aí! aaai... Aí!  pai?
Te amo também,
não odeio ninguém,
só sinto raiva.
Aqui! Aí? AQUI! ai? Ali,
Ei, psit! Acorda!
A corda tá se desprendendo,
isso é bom no final,
mas será que é bom sinal!?
Sei lá!
Vou tirar leite dos dois!
Que dois? só tem um!
Dos três! Três!?
Individuo, ego e eu-lírico.
Onde começa um e acaba o outro?
Quando confio mais em um viro um ogro.
Solto. Mas é bom! Mas num pode!
E o que pode?
Fode, que vai aprender!
Vá se fuder!
hahahaha, soou engraçado?
Desgraçado?
Não consegue entender mais?
Isso me fez sentir-me capaz...
Agora não parece que falo contigo,
Aí tu não nóia comigo.
Mas eu ainda te amo!
Mas
eu
ainda
te
amo,
meu amo?
Beijo!
Queijo!?
O VELHA SUUUUURDA!
CUUUUUURDA!?
Creeeeedo, paréci u sadã!
HAHAHAHA, Te amo, espontaneidade!

HAHAHAHAHAHAHA!
vocês leram os modernos?
Ou acharam que 'moda' era besteira!?
Pare de ler diconário,
vai lê a bíblia.
Pare de jogar tibia!
Vai ler um livro.
Que bonitinho faz poesia!
(Viadinho!)
Coitadinho! Tá triste!

Engula esse alpiste, que é o que acha que te alimenta.
Te amo, não esqueço, se lembra?
Acho que não, pois você é o pé-no-chão.
HAHAHAHAHAHAHA!
A risada é coisa de Louco!?
Sou corinthiano!
Sou franciscano!?
Jamais! Só te amo.

Não era o prazer fácil,
Era o prazer compreensível,
por isso te achei incrível,
por me compreender...

Falo de quem me fodeu

ou de quem quero foder?
Calma, é só sexo!
Ah, agora tem nexo!
HAHAHAHAHAHA!

Isso é para os três,
Os três Quem?
Pai, mãe e quem!?
Ah! Ego, indivíduo e eu-lírico?
Larga mão de sê mulé!
Você sabe o que quer.
SEI!?
Sabe... você é talentoso!
Porque meu talento só te deu gozo!?
Tá lento...
Tá lento...

HAHAHAHA
Que vida chata,
e legal também.
Não odeio você nem outrém,
queria me impor e vi dor.
mundo sem cor!?
Não! velho SUUUUURDO!
hahahahahahahahahaha!

Quanta nóia, credo!
Você é um prego!
Cheio de si, cheio de ego.
Não é não!
Né não?

Não ache que meu cérebro está fazendo pouco,
só foi um surto, ou epifania, ou insight,
Descobriu isso em que site!?
Descobri no 'Fight!?'
Arde em mim,
Ai di mim,
piquininim, piquininim...
Olhe só, que lindo, é o Gandhi!
Gandhi é grande mesmo!
Mas não era louco por querer sofrer,
não almejava o sofrer,
Foi o mártir útil,

não o fútil.

HAHAHAHAHAHA!
HAHAHAHAHAHA!
Tem que forçá tanto pra entendê!?
Ok, vamo vê:
vo te botá em prova...
Uma OVA!
Ah, uma prova!?
Então tem cola!
Ah, essa não cola,
não comigo.
Contigo... Castigo?
NÃO!
Contigos!
Amigos,
Perigos?
Existem.
Resistem.
Persistem.
E viram sólidos,
Mas na política!
(Creeeeeeedo!)
Na revolução neolítica!
(Preeeeeeeeeego!)
Prega!?
Que palavra?
A que ajuda quem lavra e esquece o entorno?
A que, querendo te ajudar, te esquece de tirar a torta do forno?

Personalidade não é questão de idade.
Busque a sua já!
Busque a sua já!
Uma conclusão natural não pode te prejudicar!

Mas prejudicou? Ou você acreditou?
Porque achou que era o mundo!

HAHAHAHA
Ele não tá carente,
tá loco,
pensa poco, sabe demais.
Sabe? Rapaz?
Sabe? Ei, Psit!
Sabe... To triste...
ISSO É RINITE!

HAHAHAHAHAHA
Não estou louco não,
Não acredito nisso tudo,
mas quando fiquei mudo,
desacreditei de mim.
Mesmo assim, essa tragédia...
OOOOPS! Coméééédia! hahahahaha
Me fez perceber que não preciso de ninguém para me reerguer.
Mas eu quero precisar...

Quanta loucura!
Quanta belezura!
Quanta loucura?
Quanta belezura?
SE DECIDE CRIATURA!

ABOOOOOOOLIÇÃO DA ESCRAVATURA?
Náááá! Abominação pelo fim da democratura!
Daquela que te diz em sua cultura, que você não tem.
Aí sim se sentirá ninguém...
Te amo, bobão,
aprendi a ouvir sim,
agora me dê o apoio que sabe que preciso,
pois já percebi o que preciso.
É só uma dor nu dente du cisu!
Indeciso...
Quanto Riso!
Mai num é bom, uai!?
Hein!? Você!?
Pode crê!?
Creendo vendo,
não se está aprendendo.
Crença como venda,
não te impede que compreenda.
Vender crença, pior sentença!
Dar de graça, pura desgraça!
Dogma mata algumas discussões,
mas exacerba outras.
Amo poucas?
Ou escolhi errado?
Que tapado!
Lesado!
Miado!

Broxado!
CREEEEEEEEEEEEDO!

Depois disso tudo, ainda me pergunto onde está você...
Não quer crer que falo de você!?
E porque não encontro?
Não só não me olhou,
me amou e isolou.
Num é você não, uai!
Porque tudo tem qui sê coisa di pai?
É, agora falo dela,
Psit! Não é você, mamãe bela,
Não é você, ô Cinderella!
Vô cumê mortandela!
Assistir ao discurso do Mandela?
Ah, nem vou!
O que sou!?
HAHAHAHAHA

Sou tudo isso!
Não me faça crer que sou submisso,
pois assim acreditei,
No que é mentira, até na lei!
Todo noiado! Deve ser gay!
Todo lesado, deve ser bobo!
Pára de pensá pouco!
Sociedade de louco.
Mas num sou corinthiano!?
Ah, como eu amo!
HAHAHAHAHAHA
Risadinha doida pra finalizá!
Clown! é Clown?! Não? Crown!?
Ok? Crowley?!
Ou é Bob Marley?
São eles também!
Beijos, Amém!
Mas enxergue além,

pois quando quem amo
me diz que não sou ninguém,
Volto tudo, atéééé jerusálem!
Mas acima de Jesus não há ninguém.
Aí se tem talento!
Tá lento...
Tá lento...
HAHAHAHAHA
Querem um louco, está aqui!
Essa aí! Gosta de caqui!
Agora, açaí,
Agora, chocolate,
Agora mac....
Agora MAC...
Macroeconomia!?
Ah não!
Agora é Mac Donalds!

Entenda sua poesia como a verdade absoluta,
E aí precisará de um código de conduta.
Faz tempos que estou na vida adulta,
adultera? ADULTA!
SUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUURDOOOOOOOOOOOOOOOS!
Mas Lindos!
Meus Parents, meus amores.
Fashion, né? Fashion é coisa de mulé!
hahahahahahahahahahahahahahahaha
Ria do patético. Torne-se ético?
cuéticu
céticu.
Sete Ânus.
QUANTO TEMPO!!! HAHAHAHAHAHA
Estou sem tempo? MIMIMIMIMIMIMI
Cadê aquela que me entende?
Aquela que me compreende?
Como era seu nome mesmo?
TSIP! A DROCA!
Tsip hoje, sou eu, hahaha
Continuo ateu.
Né, meu!?
SEU? =]
Não!
Má comu demorei praintendê, uai!
Pai? Nããããããão!
Mãe? JAMAAAAAAIS!
Valeu, agora sou João.
Valeu, agora sou capaz.
Valeu, agora sou rapaz.
Rapaz? A Paz?
OU ZARPAR!?

Tudo depende de como interpretar...
Mas que saudade daquele ardor
que me gerou dor, mas não esqueço.
Anoiteço.
Nem sei se mereço,
mas mereci o preço?
Acho que não. Vamo que vamo, então!

 
João Gabriel Souza Gois, 05/06/2012



domingo, 3 de junho de 2012

Explosão de Poesia.

Com o pensamento excessivamente político, tornei meu blog conspiratório.

O que quero dizer com isso é que reprimi algumas poesias que poderiam estar aqui, e as deixei para trás.
Hoje resolvi postar boa parte, apesar das incompletas. E resolvi também postar uma que escrevi hoje, num miúdo momento lírico e trágico.


O Eu. Lírico?
Não duvide de meu amor!
É uma Ordem!
Pois sempre que o fizeram

me consumi de um sentimento de
Culpa.
Desculpa,
     Só fiquei triste e daí em diante
                mentiras viraram a absoluta verdade.

Mas a negação do ódio
me fez perceber como é possível compreender
e daí colocar arte nas relações humanas.

A tristeza está em quando quem você mais quer
ver amar, de alguma maneira se desimporta.
Mas é óbvio! Sua porta!
Fique com essa alma morta
e pare de jogar semente na horta.
Pois em qual horta semearei vida?
E se vierem pragas pelas avenidas?
E se? E se?
E se? E se? E se...

E se ela voltasse?
Aquela, não essa.
Aquela que ficou junto aos poemas românticos.
Aquela que me fez sentir o único culpado
e matando Aquino, morri.
Parei de agir,
 fiquei a refletir.

Como é ruim o não-sentir!
Esquecer-se do sentimento te torna infantil,
Pois qualquer cantada pueril inchará seu Ego.
E daí em diante se atropela tudo, até a si mesmo.

Obrigado por me fazer
perceber
através
(sem viés?)
de mim mesmo
(sem me jogar à esmo?)
que tenho que olhar para o mundo.
Mas será que quero olhá-lo?
Sei que não posso parar de olhá-lo!
Mas se em todo o canto
perder o encanto
daquilo que queria,
onde está a epifania?

Amo a verdade mas era falso.
Nem presto mais atenção no tênis que calço.
Pois transformei a carne que amei no ódio.
Transformei em Deus o ópio.
Neguei o impossível,

ou seja, tudo que me espelhei e julgava incrível.
E busquei culpa em tudo, inclusive em ti.
Justo ti, que eu já tinha tirado toda a culpa.

Ti, meu amor, não você.
Nem ela. Ti. Onde estás?
Ficou em outro tempo. Estou sem tempo!

Pois só te odiei porque amei, construímos intimidade.
Mas sua exasperação te fez esquecer o amor.
Esse que eu cria, e você já não mais.
Agora, onde eu encontro?
Não me digas que ele não existe! Não quero crer!

Mas estou cego, não consigo ver.
Preciso perceber!

Onde está?

Chega. Chegou a vida adulta.
Chega. Assuma um código de conduta.
E mate seu ser.

Não! O adulto é uma criança de pensamento viciado.
Até o fim da adultecência.
Adultos sem essência.

Fazer o bem faz bem.
Mas fazê-lo para quem?
Parece que quando se o faz,
se deixa de ser rapaz...
Bem Capaz!
Quando se desiste dele,
 se desiste do Amor.
Porque creem nisso!?
Ser adulto não é ter compromisso,
apenas.

Atenas, é lá onde você está.
Mas não a de hoje, das crises.
A Atenas de meu cérebro,
antiga e em granito: Ideal.

Quero sentir-me animal!
Amor é o tempero do sexo,
mas ficar sem comer não tem nexo!
Mesmo que me liste o que devo fazer.
Quero aquele prazer.
Mas só tenho esse.

E foi assim que neguei todos.
Foi assim que neguei tudo!
Não posso!
Eu quero tudo,
mas no meu plano de ação
só há especulação...

Vem aqui?
Não venha!!!!
Vem?

NEM!

Esse teatro conspiratório seria lindo na arena.
Mas virou a minha realidade.
Que infantilidade!
Confundir as causas com as consequências!
Confundir a essência com a existência!

Chegou a hora de ser eu de novo,
pois só assim me renovo
e lembro que o óbvio

é questão de opinião.

Aprendi a não usar minha eloquência
para expor demência.
Mas isso só no dia-a-dia,

pois postular demência mata a poesia.

Se quer ser respeitado,
se deixe respeitar.
Seja ativo,

não agressivo...

Aos príncipes da certeza manipulada há aqui um disparate.
Ao senhores da comunicação censuratória e burra, há aqui um lúdico.

Para mim, aqui há a compreensão plena de minhas epifanias.
Então engula suas tiranias!
E me deixe livre,
não economicamente: na existência.
mas enlouquecidamente: na minha essência.

Valorizo o respeito.
Mas não o respeito sólido e moralista: o de família.
O respeito sóbrio, sincero, tolerante e humilde, mesmo que com gírias.
(que tem família também...)
Não me limite a um 'modus operandi'
Me reconheço como grande e igual,

ou seja,
humano e animal.

João Gabriel Souza Gois, 03/06/2012

Bingo do Capital

                            -Eu!
                                               -Eu!
                    -Eu!
        -Eu!
                                      -Eu!
                        -Meu!  
       Eu!                                  -Meu!


-Basta
desse discurso que desgasta!
Meu momento de voz
uso pra dizer Nós!


                     Quê!
                                 Quê?!
             Quê?


Quem disse reconhece
que podemos suprir parte da prece
de cada ser que sofre deveres em excesso,
e que em seus direitos só há retrocesso,
por isso são convertidos a nível de escravo
que de quando em vez, ganham um centavo.


Se o modelo das privações
esquece as exceções
devemos destruí-lo.
Ou renconstruí-lo
Dando o mínimo privado
através do público de qualidade, garantido pelo Estado.


                        Cidadania é moda,
                        Saia já dessa roda!
                        Você se esqueceu do motivo de existência desse parlamento?
                        Foi pra criar a sociedade dos talentos!
                        O mínimo da oportunidade já damos
                        Agora cale-se! E voltemos ao discurso inicial!
            Eu!
                                    Eu!
                        Eu!
Chega!
                    Prendam-no! Ele está contra a maioria,
                    contra a democracia!
                    Pois a maioria grita Eu!
                    E tu!?
                    Permaneces a sós, grintando nós, nós e nós!
                    Vossa excelência, a partir de agora, deixou de ser oposição,
                    inimigo da nação!


   Democracia....
               Delegacia
                      De...
                                                                                  De quem é o Estado?
                                                                            Meu                             quem?
                                                                      dele                 \ ._           Empresário B
                                                                            deles                 Empresário A                  
                                                                                         Partido X
                                                                             
É tudo questão de tempo.
A fome ainda existe.
O medo, persiste...


Mas a Democracia está sendo feita.
Mudam candidatos
Mudam os mandatos!
Muda de um menos para um mais tolo!
Muda-se o sabor do bolo!
Mas não se muda a receita!


Democracia brasileira,
o Bingo do Capital.

João Gabriel Souza Gois, 02/06/2011

                                                                     
                                                             
                                                             

    

Autoescárnio

Um Café.
Pensamentos.
Prime o pé.
Torce o vento.


Nem Maomé, nem Jesus
dependem do SUS.
Nem minha essência e luz
dependem desta fórmula química:
carbonos em relação interesseira e cínica.
Dependência Física. Mímica.


Ao ler duas estrofes pobres
não se pode ver o intuito nobre
que trago. Solto. Trago e solto.
Na ausência? Me revolto!


Quanta rima manjada!
Quanta palavra desarranjada!
Cético ao ponto de matar uma fada para dizer que não existe!
Mistico para afirmar padrões tolos e não sentir-me triste!


Ironia fina? Não sei fazer.
Poesia crítica? Vá se foder!!!


Viciado em amor por dentro e porcarias por fora.
A cada momento que me concentro pouco, voam-se as horas.


Palavrão, sujeira e foco no ato falho?!
Se liga! Isso é poema de escárnio!!
E é o poema que mereço,
Pois minha teimosia e arrogância tiveram preço.


Ridículo, gordo!
Desajustado, porco!
Tímido, bobo!


Nessa de querer mudar, você se conservou!


Conservador repetitivo é isso que você merece:
Autoescárnio evolutivo e nada de preces!

Julho de 2011

Falha

Dispersar-se, perder o foco.
Almejar e depois desprezar.
Ir da onipotência à subsistência.
Desprezo pra toda existência
Esse maldito pesar
de ter feito pouco.


Simula-se com facilidade
a sua possível potência.
Mas na hora da verdade,
mostra sua ineficiência.


Como provarei que sou bom como sou
se em cada possível sucesso passo a navalha
e perpetuo a falha.
Como vou?


Conquistar algo com minhas qualidades
se quando ponho-as em prova
deixo qualquer coisa de num sei o quê
me impedir de ver.

João Gabriel Souza Gois, (Fim de novembro de 2011)

Grande causa, péssima consequência.

Germinei liberdade,
pois só essa função me faria digno.
Germinei.


O fiz em uma idade que não tinha conhecimento do feito,
uma idade em que só queria um amor perfeito,
mas fui capaz de impor uma liberdade
de maneira tão despótica
que a tirania de cada tônica exagerada
serviu para uma conclusão exacerbada,
e inimiga oculta do meu ser.


Essa liberdade cedida
foi a sinceridade de acreditar
que um amor meu merecia transceder
das realidades estamentais vendidas.


Essa meta foi perdida,
mas fui capaz de conquistar,
mesmo que de maneira contudida,
a minha própria desgraça em nome da liberdade de outrem,
afinal impor liberdade nos dá dois resutados:
amor pela liberdade,
ou amor pela imposição.


E a imposição, inimiga da liberdade,
me fez perceber como a liberdade,
em seu sentido pleno,
é maior do que qualquer outra imposta.


Meu desejo de conquistar alguém melhor,
me levou a desconquistar alguém para melhorar,
mas, apesar de muito esgoísta,
dei o maior exemplo autruísta,
pois em nome da liberdade,
desgracei minha vida.


Fiz discursos libertários
que levaram a situação a um rumo
onde eu era o limite da liberdade.


Não era meu objetivo,
talvez seja falha.
Mas se algo que disse influenciou uma força
suficiente para me sobrepor,
quer dizer que algo ali mudou.
Fiz um ser autônomo, e esqueci-me
que estava preso a ele.


A poesia escrita em um pequeno desespero omitido
pode parecer alvo de um militante.
Mas, mais uma vez,
é só a causa banal de mais um amante.

João Gabriel Souza Gois, 06/04/2012

O intolerante.

Hoje não estou pra poesia...
Ofegante.
Ignorante.
Lacônia.


Lacuna deixada na alma
por querer respirar a calma
de tolerar...
Mas a certeza, sólida como nada é,
me fez algo de sucesso,
E apesar do excesso,
represento Maomé.

Pois declamo as coisas que sei.
E da lacônia me torno rei.
Pois me comovo com inverdades
e ignoro realidades...


Não preciso ser burro, 
pra me drogar de intolerância.
Só preciso me afundar
em um mar de constância.

Achar que cada passo dado
foi o mais puro mérito da perna,
é ignorar a normal e qualquer outra força externa.

Prazer, sou o homem mais importante da sua vida.
Prazer, sou o homem mais influente da sua vida.
Prazer, sou eu.
Porém, sou eu quem decide sua vida.
Porém, te julgo por um ato e não pela obra vivida.
Ignoro sua genialidade e só enxergo ferida.


Parabéns é minha ressalva,
mas estes argumentos pueris,
vem do mais simples desejo dos juvenis,
e isso passa com o tempo.

Tome doses de conformidade,
e não precisarás por em sua mente, liberdade.
De dispersar por outros meandros que não envolvem sua vida vazia.
De valorizar acima de tudo, a poesia.

Enxergo sempre longe, o que convém.
Minha visão só vê o distante,
e a todo instante,
as pedras de perto do meu pé,
me fazem cair sem ver,
ignorar pra prever,
que não cairei de novo.


Tenho muito amor a dar,
mas posso ele guardar,
e até o fim te negar,
só para ordenar.

Sou filho de esparta,
sou intolerância,
simplifico a estrada,
ponho padrões na vida,
ressalto só a parte linda,
detesto pessimistas...
Não estou tão errado em concretizar todos os esteriótipos.
Mas estou fadado,
mais do que você à falha,
Ao ótimo.


Tristeza sinto,
quando vejo que pelo que mais amor sinto,
aprendeu a tolerar.
Pois tolerando, vai contra toda a intolerância mundana,
e em vez de esconder o respeito pela savana,
ressalta.
Alta hierarquia indestrutível e carcomida,
me dê uma dose de vida?
Pois hoje surgiu uma ferida.
Vi como estava errado...
Pois vejo que o único fadado sou eu.
Mas o que é meu, é meu.

João Gabriel Souza Gois, (não tem data, cerca de 2 meses atrás).