domingo, 11 de setembro de 2011

Sina de amante

Há tempos que escrevi, mas nenhum momento melhor que esse para postar... Espero que gostem e desculpa - para quem talvez acompanhe - a demora... =]

Sina de Amante

Não me interessam os papéis,
nem a lei que eles representam.
Símbolos, contratos, anéis
ou palavras que comprometam.


O que interessa é que mesmo
que haja frequência ou não,
é apenas pelos olhos que se enxerga o coração.


Imagine que estou louco
e vejo coisas.
Prove-me que são ilusões!
Eu acredito, pois vejo.


É dessa maneira que através daquelas janelas
enxerguei um amor reprimido...
Talvez fosse ilusão!


Mas chega de sequelas!
Daquele momento volátil, tudo que foi sentido
foi intenso. Vale a dilação.


Formalidade.
Prumo.
Nada disso define amor.


Liberdade,
Juntos.
Explodindo o Calor.


Sei que não há o que possa ser escrito,
para manter claro o que se passou comigo.
A poesia é sempre mais ampla que o poema
pois nunca entra no dilema
de se limitar em letras, palavras ou línguas
E por isso essas sempre são mais longínquas
no que se diz conteúdo... Substrato.
Retrata melhor o sentimento, por ser, assim como ele, parte do abstrato.


Mas de qualquer maneira,
em qualquer poema haverá poesia.
E por meio dos limites da palavra,
como poeta amador, descrevo a epifania
da explosão do que não está mais preso mas que permanece
apenas nos momentos de proximidade.


Olhos! Janelas d'alma.
Não me digam que é mentira o que vi
pois sei que é mútuo o que senti
e assim despejei essência, respirei calma.


Com o corpo ainda em quente ardor,
Sussurro versos de outrem, com rosto ainda rubro
"Como eu te redescubro,
Amor"

João Gabriel Souza Gois, 03/07/2011