domingo, 3 de junho de 2012

Falha

Dispersar-se, perder o foco.
Almejar e depois desprezar.
Ir da onipotência à subsistência.
Desprezo pra toda existência
Esse maldito pesar
de ter feito pouco.


Simula-se com facilidade
a sua possível potência.
Mas na hora da verdade,
mostra sua ineficiência.


Como provarei que sou bom como sou
se em cada possível sucesso passo a navalha
e perpetuo a falha.
Como vou?


Conquistar algo com minhas qualidades
se quando ponho-as em prova
deixo qualquer coisa de num sei o quê
me impedir de ver.

João Gabriel Souza Gois, (Fim de novembro de 2011)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui sua impressão, crítica, desgosto ou palavrão.
Não há nada que não possa ser dito, nem nada que faça com que as palavras, depois de ditas, morram.