domingo, 3 de junho de 2012

Explosão de Poesia.

Com o pensamento excessivamente político, tornei meu blog conspiratório.

O que quero dizer com isso é que reprimi algumas poesias que poderiam estar aqui, e as deixei para trás.
Hoje resolvi postar boa parte, apesar das incompletas. E resolvi também postar uma que escrevi hoje, num miúdo momento lírico e trágico.


O Eu. Lírico?
Não duvide de meu amor!
É uma Ordem!
Pois sempre que o fizeram

me consumi de um sentimento de
Culpa.
Desculpa,
     Só fiquei triste e daí em diante
                mentiras viraram a absoluta verdade.

Mas a negação do ódio
me fez perceber como é possível compreender
e daí colocar arte nas relações humanas.

A tristeza está em quando quem você mais quer
ver amar, de alguma maneira se desimporta.
Mas é óbvio! Sua porta!
Fique com essa alma morta
e pare de jogar semente na horta.
Pois em qual horta semearei vida?
E se vierem pragas pelas avenidas?
E se? E se?
E se? E se? E se...

E se ela voltasse?
Aquela, não essa.
Aquela que ficou junto aos poemas românticos.
Aquela que me fez sentir o único culpado
e matando Aquino, morri.
Parei de agir,
 fiquei a refletir.

Como é ruim o não-sentir!
Esquecer-se do sentimento te torna infantil,
Pois qualquer cantada pueril inchará seu Ego.
E daí em diante se atropela tudo, até a si mesmo.

Obrigado por me fazer
perceber
através
(sem viés?)
de mim mesmo
(sem me jogar à esmo?)
que tenho que olhar para o mundo.
Mas será que quero olhá-lo?
Sei que não posso parar de olhá-lo!
Mas se em todo o canto
perder o encanto
daquilo que queria,
onde está a epifania?

Amo a verdade mas era falso.
Nem presto mais atenção no tênis que calço.
Pois transformei a carne que amei no ódio.
Transformei em Deus o ópio.
Neguei o impossível,

ou seja, tudo que me espelhei e julgava incrível.
E busquei culpa em tudo, inclusive em ti.
Justo ti, que eu já tinha tirado toda a culpa.

Ti, meu amor, não você.
Nem ela. Ti. Onde estás?
Ficou em outro tempo. Estou sem tempo!

Pois só te odiei porque amei, construímos intimidade.
Mas sua exasperação te fez esquecer o amor.
Esse que eu cria, e você já não mais.
Agora, onde eu encontro?
Não me digas que ele não existe! Não quero crer!

Mas estou cego, não consigo ver.
Preciso perceber!

Onde está?

Chega. Chegou a vida adulta.
Chega. Assuma um código de conduta.
E mate seu ser.

Não! O adulto é uma criança de pensamento viciado.
Até o fim da adultecência.
Adultos sem essência.

Fazer o bem faz bem.
Mas fazê-lo para quem?
Parece que quando se o faz,
se deixa de ser rapaz...
Bem Capaz!
Quando se desiste dele,
 se desiste do Amor.
Porque creem nisso!?
Ser adulto não é ter compromisso,
apenas.

Atenas, é lá onde você está.
Mas não a de hoje, das crises.
A Atenas de meu cérebro,
antiga e em granito: Ideal.

Quero sentir-me animal!
Amor é o tempero do sexo,
mas ficar sem comer não tem nexo!
Mesmo que me liste o que devo fazer.
Quero aquele prazer.
Mas só tenho esse.

E foi assim que neguei todos.
Foi assim que neguei tudo!
Não posso!
Eu quero tudo,
mas no meu plano de ação
só há especulação...

Vem aqui?
Não venha!!!!
Vem?

NEM!

Esse teatro conspiratório seria lindo na arena.
Mas virou a minha realidade.
Que infantilidade!
Confundir as causas com as consequências!
Confundir a essência com a existência!

Chegou a hora de ser eu de novo,
pois só assim me renovo
e lembro que o óbvio

é questão de opinião.

Aprendi a não usar minha eloquência
para expor demência.
Mas isso só no dia-a-dia,

pois postular demência mata a poesia.

Se quer ser respeitado,
se deixe respeitar.
Seja ativo,

não agressivo...

Aos príncipes da certeza manipulada há aqui um disparate.
Ao senhores da comunicação censuratória e burra, há aqui um lúdico.

Para mim, aqui há a compreensão plena de minhas epifanias.
Então engula suas tiranias!
E me deixe livre,
não economicamente: na existência.
mas enlouquecidamente: na minha essência.

Valorizo o respeito.
Mas não o respeito sólido e moralista: o de família.
O respeito sóbrio, sincero, tolerante e humilde, mesmo que com gírias.
(que tem família também...)
Não me limite a um 'modus operandi'
Me reconheço como grande e igual,

ou seja,
humano e animal.

João Gabriel Souza Gois, 03/06/2012

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