terça-feira, 23 de novembro de 2010

Latindo um Manifesto: Fatos corrompidos pela paixão; Dizeres de grandes sendo usados em vão.

     Passaremos toda uma vida lendo, estudando, pesquisando e escrevendo. Tudo isso para criarmos teorias baseadas no que foi lido, estudado, pesquisado e escrito, e desta maneira tentarmos, com o mínimo da ciência, criar o ideal e tentar praticá-lo da maneira mais fiel. As nossas concepções e princípios, definidos pela ideologia da época, pela criação e cultura em que vivemos e pelas epifanias que transmitem a essência através do singelo e mágico momento de amor e respeito, serão todos ignorados pelo momento da razão, que apesar de não adequada a todas as situações, ao tratar das relações sócio-econômicas, políticas, diplomáticas e mínimas para convivência de qualquer ser em paz, harmonia e conforto tem de ser aplicada a todo custo.

     A dialética, apesar de falha dependendo do assunto que a exige, é necessária.


     Mas sempre haverá como usar citações de grandes autores, para distorcer e manipular o maior e mais desrespeitado bem da humanidade: a informação. Com certeza a fúria do interesse privado destruirá anos de batalha para construção de um amor sincero, anos de estudos para a criação de uma teoria consistente ou anos de prática de um exercício de participação popular, para apoiar golpes como no Brasil em 1964. Com certeza nomes de grandes como Marx, John Locke, Maquiavel, Clarice Lispector, Drummond, Hobbes, Rousseau, Aristóteles, Platão, Sartre, Descartes, Camões, Fernando Pessoa, Raul Seixas, Graciliano Ramos, Machado de Assis e muitos outros fantásticos em suas poesias, filosofias, músicas ou narrativas, serão usados em vão, por alguma alma vazia que defende uma posição confortável ou simplesmente injustificável para amplificar argumentações fúteis ou realizar o mais manjado maniqueísmo e se exaltar como "o bom"; ou no mínimo criar uma situação pior para apoiar a sua opção como "a melhor", nada além do bom e velho sincretismo religioso que aparece desde as mitologias clássicas politeístas até as Igrejas Universais do Reino de Deus de hoje em dia.


     Em síntese, todos nós confundimos o que é essencial para todos, com o mais superficial dos desejos individuais... E usamos erroneamente nome de grandes... Que pelo menos sejamos sinceros em admitir e percebamos como se deve tratar a essência, para não agirmos de maneira fanática ou supérflua demais e terminar simplesmente tentando justificar o injustificável em prol do interesse privado. Sejamos honestos com todos os seres, para finalmente vivermos em uma sociedade de verdade. Pois o que mais se vê é a manipulação e o egoísmo, amplificando, além de tudo, uma relação cada vez menos socialista (não me refiro à ideologia, ou ao modo de produção, mas sim à maneira de organização "em sociedade" ) e cada vez mais comensalista para os não beneficiados pela ordem atual e parasita para os enganados pelos dizeres deturpados dos supostos "amores"(ou ex-amores), "Deuses" e "Datenas" desse nosso mundo.

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