quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Do fundo do Baú

     Apesar de não tão antigos, achei umas coisas que escrevi há meses atrás... Achei bem esquisito na verdade, um pouco clichê de um lado, engraçadinho do outro, mas de qualquer maneira, achei interessante compartilhar. São dois poemas... Aí estão:

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Anacronismo.


Sociedade estamental,
Ou classe social desigual.
Diferença não existe,

A não ser o povo pobre, maltrapilho e triste.


Tanto servos como o povo escravizado,
Sofrem, de maneira análoga, como o proletariado.


Sempre haverá uma parcela do conservador,
Que espalhe aos hilotas, fome e dor.
Sempre haverá um resquício,
No coronel ou no empresário, do espartano ou do patrício.


Robespierre ilumina,
Lênin, antes de começar, termina.


De senhor feudal à governo federal,
Tudo que se vê é uma sociedade patriarcal.


Conflito de camadas,
Conflito de poder,
As Forças foram chamadas;
O povo vai sofrer.


Homens Bons esses Nazistas,
Ops! Falei errado... Eles são Integralistas !


A esperança se enterra, e nada se alcança.
É o fim da Guerra.
O Povo não tem comida, não tem dinheiro, nem tem terra.
Não tem educação, por isso tem fé e esperança...


Das ruínas, o extremo acena.
Levando política, aos que merecem pena.


João Gabriel Souza Gois, 25/08/2010


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Superfície a olho nú.

No bosque,
Na rua,
Noite crua,
Sem enfoque.


Silenciosa surge:
Ilusão despercebida,
Disfarce da vida.
Moulin Rouge.


Ao longo de uma vida toda, a felicidade
É momentânea, singela... Curta.
Vem terceira idade.


Auge da impotência... Se surta.
Vem então a insanidade,
Que a morte furta.


João Gabriel Souza Gois, 18/08/2010

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