quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Reconhecendo-me

Finalmente o conheci.
Aquele sem sorriso e despreocupado.
Alienado e péssimo em tudo por volta.

Esquisito,

não sinto revolta de tê-lo conhecido.
É o yin do meu yang,

parte de mim,
e apesar de me desesperar
por não conseguir domá-lo
reconheço nele eu,
e em mim a possibilidade
de equilibrá-lo.

Nessa vida,

classificar não importa.
As visões são extremamente particulares,

porém já vi harmonia,
e verei.

Diminuto.
O eu diminuto que há aqui

não espera a maior ou menor resolução,
sente uma diminuição,
pois o som tenso diminuto,
continua a soar.
Em busca de vários significados e experiências.

Condenando algumas ações e predições
percebi em mim uma capacidade de crescer
além do material de carne que carrego,
além da busca material que buscamos.

Parece uma bagunça todas as informações,

e é inerente
a diferente crendice
às novas e velhas gerações.


É um turbilhão de distorções das memórias,

é uma infalível e desnecessária reconstrução de histórias,
e um medo inerente de enfrentar.
Pois quem enfrentarei?
Sou eu mesmo meu inimigo,

e o carinho a própria alma
é conquistado com a calma
que só em si encontra.

Dez minutos pareceram horas enquanto algumas letras me traziam o mundo.
Dez dias pareceram segundos quando nada parecia ter significado.

E machucado sinto fúria,
E animado sinto desprezo,
mas prezo que essa harmonia,
quando voltar,
produzirá um benefício,
pois percebi outras perspectivas.
Como queria poder mostrá-las de alguma maneira,

mas maneira para isso não há,
só há uma esperança relutante,
que segura e aguenta a cada instante
em que a raiva implode
e a mudança visível aos sentidos
é ignorada pelo indomável desgosto
que, olhe só, durou até agosto,
mas que deu um novo gosto,
para rebuscar nessas convicções
valores importantes que pareciam ter morrido.
Sorrisos encantadores do qual o indivíduo havia fugido
por não respeitar a própria individualidade
e transformar a mais simples situação
numa infinita dualidade.

Parece loucura ou profecia,

mas não é nada além do momento
de reencontro ao eu,
reformado e realizado.
Afinal reconheço o ambiente
mas meu inconsciente é possuidor de muito.
O final desconheço e sou temente

mas meu subconsciente deu final a pouco.
E o que hei de carregar é o fado

de ser um animal racional.
Queria tanto que esses momentos 
em outras pessoas não fossem bloqueados como elas costumam fazer.

Como se pode aprender...

Apesar do ir e vir do arrepender,
crescemos.

O resultado será a empatia interna,

serena, terna e lúcida.
E os falares da fala mais lúdica,

serão tijolos.

João Gabriel Souza Gois, 28/08/2012

Obs: O Terno - Quem é quem

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui sua impressão, crítica, desgosto ou palavrão.
Não há nada que não possa ser dito, nem nada que faça com que as palavras, depois de ditas, morram.