quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Enquanto Lilith sorria, da amalgama amarga sai poesia.

E embaçou com sentimentos o ideal.
E do valor arisco e cavernoso, viu um animal.
E da valorização do amor ao conhecimento, viu um humano.
No auto-julgamento virou um vampiro.
Dormia ao dia.
À noite sorria.
E da necessidade e medo do esteriótipo vestido em um conselho
Desinvestiu o estímulo em si. Sumiu o reflexo no espelho.

Idéias em sua imagem e semelhança
Defesas paralisatórias que enlamaçavam as circunstâncias.
Da puberdade e do prazer se perturbou com a infância
e a ansiedade do fazer valer suprimiu a esperança.

Oxalá! Meu caro amigo,
Que do ócio,
da procura de razão no fóssil,
se criou um perigo.
Negou o caminho alternativo,
o eólico, de resolução.
o mixolídio, de pura tensão.

E no cansaço persistente do "não consigo"
de si mesmo tornou inimigo.

Assim sigo, retomando sorrisos.
Assim espero; não impor ao viver um perigo.
Assim espere: ainda sinto contido.
Assim esperará: há procura no sentido.

Horizontal é a relação humana.
Vertical a da pertubação contra o que o engana.
E com gana de vida
a devida vontade
retira da reflexão e do embate:

A sandice da imagem a qual desistiu.
A dívida da dor do reflexo que sumiu.

E se animou, investiu.
Mostrou, ninguém ouviu.
Se moveu, mas foi pouco.
Se perdeu, ficou rouco.

Sádico e sem afeto,
será qualquer um que oferece um teto de vidro
em uma chuva de pedras.

João Gabriel Souza Gois, 21/08/2012

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