domingo, 7 de abril de 2013

Um dia de Abril.


Pois duas das mais possíveis
mudanças
não aconteceram nos dias incríveis
do renascer da esperança.

Hoje, cá lembro eu
que a memória
talvez seja só minha.

Ontem, lamentava o meu
paralisatório sistema defensivo
preferindo deixar-me a sós, sozinha.

Saiba, que lembro,
escrevo seguindo os traços
traçados em dias amansados
pelo escrever passado,
quando de frente
com o perceber,
persisto e me corto
com a culpa, dentre outros demônios
que os dias oníricos lembrados e assistidos
trazem.

Recebo o desgaste da fuga
de tudo que não quis voltar contra ti.
Quis fugir,
mas antes de agir como Hércules!

Pois olhe os olhos do senso-comum!
Fugir é para perdedores,
Hércules é vencedor,
e eles nem sabem a história...
Mas eu sei,
tenho memória,
guardei,
algumas coisas simplórias,
outras enfeitei,
mas saiba que sei e guardo com glória
o que amei,
nada melhor do que agora,
então direi,
tragam-me logo uma nova aurora,
pois lembrei,
escrevi sobre outrora...
falhei?

Versei o verso vassalo
na estética do rei.

Mesmo com medo de subordinado,
não negarei, 
que quando olhei o calendário,
lembrei

daquela singela
(congelada, flagelada e ainda assim bela)
 memória Nossa.

João Gabriel Souza Gois, 07/04/2013

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