quinta-feira, 30 de maio de 2013

Pátria-Comadi-Gentil

Como me sinto preso aos limites de um corpo aparente!
Como quero apenas união entre toda essa gente!
Floresci no péssimo por ver consolo-metafísico-reativo,

mas quis fugir dele, quando tomou forma convicta de Ser altivo.

Ah! A tragédia!
Como pode ser tão fantástica?

só o é como todas as coisas da cultura ática,
e lemos, mas não concebemos infinitude,
helenos: universais em plenitude.

Quantas leituras modernas,

levaram suas reais riquezas ternas,
a aparecerem projetadas em cavernas
e perecerem enlatadas em conservas.


Helenístico: o exemplo do futuro no passado,
(pois o mundo globalizado está tomado
pelo Rei-abençoado de sagradas propriedades)
tem na sua miscigenação
uma insurreição de novas formas,
de novas músicas,
de novo mundo.

Mas de novo,
lembro da pós-modernidade,

e vejo que enquanto ela está fadada
à baixa espiritualidade e empatia,
reparo que na transição é onde agendei minha estadia,
e volto a mencionar a palavra que tanto repetia:
Estamos na Supremacia do Devir,

numa velocidade tão acelerada,
que consequência natural é sentir uma abalada
na estrutura (individual e coletiva) que nos carrega.

Mas de novo,
lembro do Brasil,

e vejo que a brasa não está só em seu nome,
vejo que foi artificialmente preenchido por aristocracia e renome,
mas que tem na sua essência tribal e primitiva,
primeva e construtiva,
um gigantesco prelúdio de misturas,

que mesmo que posteriormente presos a verticais e imponentes estruturas,
foi rotulado - no período de consumo -  como sociedade passiva,

daquelas que só engole fezes e saliva.

Isso é patético!
Seus nulos exemplos franceses e escoceses

os fizeram esquecer a origem da própria identidade!
Esqueceram-se do Canto das Três Raças!
Esqueceram-se de Canudos!
Enlouqueceram-se e deram vitória ao autoritarismo,

para que depois de um período obscuro de bipolarização e despotismo,
se contentassem com o Estado Democrático de Direita.
Acreditam mesmo que essa estrutura não pode ser frágil?
Acredita que por si só ela se mostra hábil?
E quem preenche cada trâmite dessa coisa 'pública'!?
Olha só que conclusão epifanicamente extraoridnária:
PESSOAS!

E pessoas não são más, nem boas.
Meu nome é João Gabriel Souza Gois e o maniqueísmo não me representa.

Fácil chamar de mau quem só apanha,

fácil recriminar mas também usar a influência do malandro e sua manha,
Ao Brasil resta uma esperança que não acanha,
que chora, que rola, que é estigmatizada,

que tem sua fé negada perante aqueles que querem o fim da constituição,
mas que, incrivelmente, age como Comadi:

Comadi Brasil.
A mãe compartilhada de nós todos.
Não Cai, balança.
Sem Pai, mas dança.
Sem paz, mas com esperança.
Se esvai, mas alcança.


Não é:
Está
amuada com tamanha herança.


João Gabriel Souza Gois, 30 de maio de 2013.



Obs:
               




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