domingo, 18 de agosto de 2013

O Paradigma das pernas é manifestado: desconforto escrotal quando entre-coxas.

Sou Anonymous ou sou coxinha?
Roubei a máscara da vizinha.
Quero muito o mundo mudar,
mas sem debate! Engole a pauta que eu mandar...

Canto os símbolos do Brasil,
mas não conheço seu sangue febril,
conheço doença, mistura pura, descaso e direitos do torcedor,
de disciplina, compostura: passado fosco que guardo amor.

A mim cabe os poderes da indignação,
sou novo na casa, mas mando e invento canção.
Vamos a Maresias: somos populares.

Vamos unidos, vamos, não pares!
Desconheço os ventos das maresias populares.

A mim, papai me disse, me cabe a decisão,
vocês que respiraram gás, luta e insistência,
me afirmo prudente, com veemência,
e deslegitimo agora, com passe livre.
Previdência privada de república isenta
Me livro da PEC,
mas não conto ao moleque
o que ela representa.
Te dou 5 Causas,
e ofusco as causas
de tanto caminhar.

Paguei o parquinho,
me vesti de canarinho
e mandei abaixar vossa bandeira.

Pois comecei andando de canto,
olhei a movimentação da beira,
mas agora que tomei gosto,
tomei posse da brincadeira,
e como iluminado pela minha vaidade,
não mostro minha cara de verdade,
mas incito com ritmo e canção,
a marcha fúnebre da grande Nação.

João Gabriel Souza Gois, 20/06/2013



OBS: Postado com indignação em meio ao rumo desvirtuado que os protestos de Junho tomaram, pela direita minoritária e a grande massa de manobra que nunca soube o que reivindicar e absorveu pautas genéricas de falsos Anonymous ou da Grande e Falsa Mídia. Agora, em Agosto, as ultimas manifestações foram novamente desvirtuadas, como na última sexta (2 de agosto), em que Chupadores-de-Coturno se misturaram ao povo. Eu não tinha postado, porque não gostava do tom desse poema, já que parecia dar a esquerda um título de dona da rua - ideia mórbida só de bater o olho. Mas depois do revoltante ambiente, posto novamente, e que fique claro que sou totalmente contra a auto-intitulada 'Vanguarda' e igualmente antagônico em relação à opinião de alguns amigos da esquerda que se predispuseram a desqualificar as manifestações e ainda pretendiam não mais participar das mesmas. A esses, um recado: Esquerda não tem medo de povo.

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