O trabalho transforma a natureza.
A compreensão transforma o oceano interno.
Poesia como cura,
porque nela não existe pureza
e puramente não é concebida.
Nela, a realocação dos sentimentos humanos
Assume formas lógicas, com o abuso das palavras.
Nela se entende a diferença real
entre o apreendido
e o compreendido.
Bendito ceticismo que me fez consciente
que o maldito não é o prazer humano,
mas a dissociação entre os benefícios
e os custos do prazer.
Pois sem essa premissa racional,
se assume que o maior prazer é o que mais vale.
E se esquece da profundidade na prática,
Lembra-se dela nas significâncias
Desde os primórdios tempos de infância
E a vida, no sentido de
busca de compreensão
da coesão existente
de cada realidade
e idealização, some.
Não se tem fome.
Mas que seria isso?
Para conseguir me acalmar,
Escrevi o que concluía.
Bom que esteja em poesia,
Pois assim lembro-me que o mar,
não é feito de lágrimas.
João Gabriel Souza Gois, 16/05/2012
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