quarta-feira, 11 de maio de 2011

O Devaneio.

Pouco exótico, muito egoísta.
Crítico cético, pensador misticista.
Fraqueza aos montes.


Típica visão de mundo simplista.
Muda como o vento mesmo que persista
no dizer de antes.


Repertório razo como os cabelos
serão um dia, mesmo que sem sabedoria.
Feliz pessimista.


Vêm prantos sem motivos para tê-los.
Tentando torturar-te com tal fantasia
de mente capitalista.


Demente configuração de vida
resumida em produtividade e ciência.
Fim da sinfonia.


Liberdade de chorar a ferida?
De negar capacidade e eficiência?
Triste epifania.

O que sou não passa dos limites do Eu.

E limites são sólidos e concretos.
Mas não será por esses e outros decretos,
Que deixarei de poder transceder de mim rumo 
Ao outro, ao novo e à felicidade sem prumo,
Sem as paralelas ou os ângulos retos. 
Com pouca medida e muito afeto. 
Gozando de tudo, sem pensar no que morreu.


Saciando através de mim
todo o mundo.
Criando trabalho e amor,
num segundo.


Produzindo para nós todos,
mais riqueza.
Riqueza de ser, respirar
com agudeza.


Longe da de caça e presa,
sem outrem.
Valorizando indivíduos.
Amor, vem?


Construiremos uma nova realidade
que valorize cada particularidade.
E crie um todo perfeito e inabalável.
Um amor total, ideal e interminável.


Para que nessa comunidade harmônica,
Haja espaço pr'um amor de qualquer maneira:
da aristotélica à platônica,
da descontínua até a inteira.


Abro meus olhos, 
Tiro pestana.
Abro a persiana,
Volto ao mundo.

João Gabriel Souza Gois, 11/05/2011.

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