mas me dê um pirulito.
Não toque minha alma
mas desmonte o meu mito.
Não soque minha calma
pois a Raiva eu imito.
Todos tão potentes em seus dias solitários.
Todos tão carentes em seus sonhos imaginários.
Todos com sua utopia abrangente ou não.
Nenhum deles com o espírito chorando presunção.
E dos momentos que pescam, pecam ao esquecer,
E dos tormentos que negam, pregam ao reconhecer.
Fui lá dentro e agora estou sem ar.
Saí do fundo e está um frio.
Toalha! Pois esse mergulho pressionou meu corpo.
Medalha! Pois reconhecimento não há na profunda confusão.
E isso tudo sou eu mesmo,
bagunça de viveres, prazeres e sorrisos,
e cada passo cabisbaixo quando piso,
representa a redenção ao que ainda vejo
quando almejo
além do quadrado de colocações
que meu sofrimento sem origem
consegui limitar.
Desconforto sazonal?
Problema temporal ou espiritual?
Que de perguntas, minha cabeça dói.
E com respostas, meu horror se desconstrói.
Mas ainda assim, não sei se por mim,
ou pelos outros,
foram poucos os momentos
em que o tempo parece estar tão escuro,
mesmo com sol.
E não chove lá fora,
só chove aqui,
descompasso com o mundo,
ambição que demoli,
e por onde construí-la?
se só de ver a fila
para o primeiro passo,
meu coração em descompasso
clama por uma revolução!
E do conflito resta um mar de não,
depredando a emoção,
para acumulá-la no momento inesperado,
e chorando num canto, de lado.
Escondo essa situação de mim.
João Gabriel Souza Gois, 23/08/2012
Pateando el pensamiento - Troche |
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