em cada língua um universo emboscado,
em cada pranto um choro nunca tocado,
e quando levanto há um mundo a ser explorado.
Não tão romântico na pungência dos versos
e nem tão amigo da verdade e seus critérios controversos,
Apenas respirando a serenidade de viver o orgânico em ação,
e perceber no espírito, a cada novo momento, uma revolução
de tanto levar flechada do próprio orgulho, em vão,
meu peito até procura, um novo olhar, belo e pertinente à questão.
E a fumaça, o fluxo, a fluência e a boemia,
o espírito, a praxis, as intermitências e o dia a dia,
revelam em si e através de si o que para si realmente importa
e, ainda assim, completo e fluindo,
ouço, do entorno, um ruído,
e mais leonino, com menos pranto,
sigo firme como prego na areia,
fluido como discretas cachoeiras,
porém perante a referência d'outro momento, lamento ou alegre canto,
transpareço, hoje, nem tão perplexo
mas o reflexo
faz o aparente - talvez o menos pertinente - destacar desencanto.
João Gabriel Souza Gois, 12 de agosto de 2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui sua impressão, crítica, desgosto ou palavrão.
Não há nada que não possa ser dito, nem nada que faça com que as palavras, depois de ditas, morram.